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21 de julho de 2006

COISAS DO MAR E DO FUTEBOL


MERGULHO

Termo da natação, por expansão, utilizado no futebol. O jogador se precipita como se estivesse à borda de uma piscina ou de um penhasco sobre o mar. Muito ouvido nas transmissões de jogos de futebol. De uso metafórico.

NAUFRÁGIO

O naufrágio é uma catástrofe. Termos catastróficos são encontrados constantemente nos discursos narrativos de partidas relacionadas a inúmeros esportes e o futebol não é exceção. "O quinteto de Franca esmagou o adversário" ; "A defesa adversária desmoronou com o ataque vascaíno"; "Ruiu a defesa adversária..." ; "Desabou toda a barreira com o potente chute de Rivelino"; "Foi como se passasse um terremoto pela área adversária..." A linguagem figurada nos comentários e narrações de partidas de futebol e de qualquer esporte de massa imprime uma marca característica nos textos, relacionando os acontecimentos esportivos com desastres de toda a natureza. Naufragar está neste caso. Significa perder a partida.
Por outro lado, quando se une, num contexto, situações relacionadas ao campo semântico das partidas de futebol, mais o Clube de Regatas Vasco da Gama, uma caravela, o jogador Edmundo, e uma derrota só poderia surgir uma narrativa assim:
"Ontem contra um fraco rival, a caravela jurava que o rumo não seria outro com Edmundo no timão: a vitória. Ledo engano. (...) O ‘bacalhau’ fez o que pôde, mas o naufrágio foi inevitável" (Jornal dos Sports, 21/10/96, p.5).
De qualquer forma, o bacalhau não se deu bem com o Flamengo, na quarta-feira, na primeira partida para ver que conquista a Copa do Brasil. Parece que naufragou mesmo...

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Quem sou eu

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Balneário Camboriú, Sul/Santa Catarina, Brazil
Sou professor adjunto aposentado da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Sou formado em Letras Clássicas pela UERJ. Pertenço à Academia Brasileira de Filologia (ABRAFIL), Cadeira Nº 28.