Meu amigo e afilhado, Mário Leo, um rapaz de bom papo e muito
inteligente me mandou, pelo Facebook, uma notícia sobre a Suécia, nas palavras de um bem
intencionado jovem. Dizia o gajo que a Suécia iria fechar as penitenciárias por
falta de criminosos. Que maravilha! Aqui, se isso acontecesse o Comando
Vermelho, certamente, entraria em greve e seria um caos total nas polícias do
Rio e de São Paulo, pois os nossos bravos PMs ficariam sem atividade e isso
iria mexer profundamente com toda as duas maiores cidades do Brasil, por
motivos óbvios...Tudo bem, mas a história da Suécia é outra. É, também, um país
muito pequeno. Frio. Gelado, mesmo. Não dá vontade de se fazer arruaças nas
ruas.... Não teve escravidão. É verdade que sempre investiu em educação. Por
isso, por ser pequena e por ter um povo mais calejado, através de sua história
de lutas, tem mesmo é de ser diferente, com um povo também diferente. Lá, nas
frígidas terras do Círculo Polar Ártico, a educação foi privilegiada numa sequência
de governos sérios, responsáveis, honestos e inteligentes. É bom dizer também
que a monarquia ajuda a manter a autoestima do povo, que se sente sempre com o
rei na barriga... Agora, quero ver a Suécia vir para os trópicos e ter uma
superpopulação, com mar azul, sol, sal, cerveja e areia dourada! Corpos morenos
rebolando nas praias desses mares do sul (corpos femininos, é claro!). Mudaria
tudo, né? Concordo com o rapazinho de barbicha que tecia loas à Suécia, mas não
acho que aquele país seja modelo histórico para o Brasil. Aliás, não existem
modelos históricos, não é Karl Marx? Modelo para o Brasil poderia ser, talvez,
todavia, contudo, pensando rapidamente, a Austrália, que foi colonizada por
bandidos, mas herdou a força impetuosa do trabalho dos homens sérios que por lá
tentaram e conseguiram organizar o caos. Bem, geopolítica é uma ciência social
e não se pode ficar querendo que um país seja isso ou aquilo, baseado em modelos
fixos ou em utopias. Que o Brasil precisa, em primeiro lugar, se livrar desses
governantes atuais, não resta dúvida. Que, em segundo lugar, deve investir maciça
e entusiasticamente em educação com projetos sérios e viáveis, planejados
executados por governos sérios e confiáveis, não resta, também, a menor dúvida.
Em terceiro lugar, temos de deixar de ser federação e passarmos a confederação.
Perdemos três bondes da história. Um macro espaço geográfico, com essa nossa
história colonial esquisitinha, que profundamente nos marcou a todos, é quase
impossível de ser governado, pois nessa imensidão de terras ainda há um povo muito
desinformado, carente e o que é pior, viciado em conseguir as coisas de
qualquer jeito. Ou melhor, com um fabuloso jeitinho. Caramba! Isso é papo para
horas e horas, em um bom boteco, regado a muita cerveja, pois o verão se
aproxima... Pronto, fiz a minha crônica do dia!
ATÉ A PRÓXIMA
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