Quantos me visitaram ?

27 de maio de 2009

NO CORREIO GRAMADENSE


No dia 27 desse mês já frio de maio, estava novamente em Gramado e aproveitei a tarde nublada para visitar a esposa de meu amigo Osório, na redação do Correio Gramadense, na bonita avenida Borges de Medeiros. Sempre que viajo para o sul dou um pulinho em Gramado, cidadezinha encantadora, de muito verde e onde fiz alguns amigos. Cidadezinha por afetividade e encantadora por pura verdade! Ia-me encontrar com meus primos do Rio de janeiro e cheguei a fazer um pequeno roteiro para seus passeios. Nessa quarta-feira sugeri uma ida aos vinhedos de Bento Gonçalves e Caxias do Sul, passando por Carlos Barbosa para gastar uma graninha no Show Room da Tramontina. Não estando com meus parentes na cidade, pois partiram bem cedo para Nova Petrópolis e de lá para a região dos grandes e bons vinhos gaúchos, predispus-me, depois do almoço, a procurar a Vanessa, na redação do Correio Gramadense. Vanessa e Osório foram uma dessas amizades espontâneas que consegui fazer por estas bandas de frio e sol, de luz e tons, principalmente no amarelecer das folhas dos plátanos, como já está acontecendo. Fui recebido com um tratamento lhano e todo especial. Conversamos sobre a possibilidade de eu ter uma coluna naquele jornal. O assunto seria o tema que venho pesquisando há muitos anos: a linguagem do futebol. Como essa matéria chama a atenção de muita gente e desperta a curiosidade a respeito das origens dos termos futebolísticos, pareceu-me que poderia ter êxito em meus propósitos. Conversamos sobre isso e ela me apresentou ao Diretor da empresa, Sezefredo Machado. Bem, se o papo já estava interessante e objetivo, ficou mais ainda. Sezefredo Machado me expôs a filosofia de seu jornal e sua estratégia, para com esse veículo de comunicação, atingir metas bem definidas, como, por exemplo, a culturalização das massas, em vez de massificação da cultura, como, a princípio, muita gente poderia imaginar... Mas nada disso, Sezefredo foi de uma atenção e gentileza dignas de um lídimo profissional do ramo, pessoa educada e cônscia de seus objetivos a serem alcançados. Creio que retribuí, dentro de minhas limitações, mas, em breve, vamos iniciar um relacionamento jornalístico, para tentar fazer com que o Correio Gramadense se diferencie, cada vez mais dos similares da região. Se der certo, credenciarei ao futebol mais essa força de unir interesses, despertando a atenção para esse esporte formidável, uma ampla metalinguagem, aceleradora da cultura e do saber.

ATÉ A PRÓXIMA

18 de maio de 2009

ALGUMA COISA ESTÁ ERRADA NO SESC DE NOGUEIRA


SESC NOGUEIRA

Sou um entusiasmado admirador do serviço social do comércio, SESC. Freqüento muitos hotéis da rede, em diversos Estados. Como sou aposentado e moro, há dez anos no sul do Brasil, já tendo passado por Curitiba, estando atualmente em Balneário Camboriú, Santa Catarina, sempre que tenho disposição me hospedo nos sensacionais hotéis da rede do SESC de todo o Brasil. Relaciono-me com quase todas as diretorias dos Estados do sul e sempre soube que há autonomia das Regiões, na administração da rede hoteleira. Muito bem! Agora, estando em Petrópolis, Rio de Janeiro, procurei o SESC de Nogueira e tive a informação que para os portadores de carteirinhas de comerciários de outros Estados o preço é quase 50% mais caro do que para os comerciários do Rio de janeiro. Perguntei à atendente o motivo desse preço diferenciado. Recebi como resposta a informação de que é assim mesmo que opera a rede hoteleira do SESC no Rio de Janeiro. Não quis me dar mais motivos. Fiquei possesso, pois falar de uma política turisticamente incorreta, em nome de uma organização tão séria e com antecedentes de lhaneza no trato com seus usuários é, realmente, inconcebível. Esse motivo, que a tal funcionária me informou não é verdade, pois freqüento o Hotel SESC de Copacabana e lá não se faz discriminação das diárias de comerciários de outros Estados, sendo todos tratados como trabalhadores do comércio, ativos e aposentados, usuários de todas as ofertas de lazer, da mesma forma, praticando os mesmos preços, quer na baixa ou na alta temporada. Isso, sim, é um tratamento turisticamente correto. E praticado no Rio de Janeiro (Nogueira localiza-se, também, no Rio de Janeiro). Assim, não posso conceber a discriminação odiosa do SESC de Nogueira, cobrando mais dos comerciários de outros Estados, em nome de NADA, pois essa discriminação só faz acirrar os ânimos e mostra o despreparo de sua Administração para o mister hoteleiro. Só posso pedir aos meus leitores, amigos e colegas de profissão, residentes em outros Estados, que não procurem o SESC de Nogueira para nele se hospedar, pois, assim, estarão contribuindo, para mostrar a atual Administração desse complexo de atividades recreativas, que nós, comerciários em atividade ou já aposentados, não concordamos com essa DISCRIMINAÇÃO, sem nenhum sentido efetivo, denegrindo a imagem, inclusive, da inteligência e hospitalidade do povo fluminense.

ATÉ A PRÓXIMA

15 de maio de 2009

A MEDICINA NO RIO DE JANEIRO

Isto é um desabafo que vale a pena reproduzir aqui. Não costumo fazer desse meu espaço que é lido, basicamente, por meus amigos e por meus pares e equivalentes, pessoas, todas elas, tenho certeza, de alto nível intelectual e de excelente caráter. Sei que não disponho de um numeroso público, mas tenho certeza de que são honrados e com muitas qualidade, por isso merecedores dessas informações, principalmente quando o assunto atinge a dignidade de profissionais liberais como médicos e professores, agentes importantíssimos de qualquer estrutura social. A vocês, meus amigos, multiplicadores de minha indignação, dedico essa CARTA ABERTA de uma pediatra que trabalha para o Governo do Estado do Rio de Janeiro, que não quis se identificar, pois haveria retalhiamento.
A saúde é um assunto que muito me preocupa como educador, mesmo depois de aposentado, pois a educação só se efetiva em mentes e corpos sadiamente preparados para a mudança de comportamentos. Sempre fui professor. Trabalhei no Primário Supletivo, no Morro do Salgueiro, na Tijuca e em várias escolas estaduais de Nível Médio, desde Santa Cruz, Vila Kenned, Campo Grande, Vila da Penha, Vila Isabel e Tijuca. Aposentei-me como Professor Adjunto da UERJ e da UFF, em Niterói. Compreendi que a necessidade primordial para a aprendizagem está na saúde do corpo e da mente. Por isso, por ter plena consciência da infame condição de trabalho e remuneração dos médicos do Estado do Rio de Janeiro, publico o texto desta médica pediatra, na tentativa de ser mais uma voz a serviço da moralidade pública, na expectativa, também, de ver sanado um problema crônico de nossa vida social, devido, única e exclusivamente ao pífio comportamento de nossos políticos, quase todos corruptos, despreparados e mal intencionados.




Carta de uma médica pediátrica, que trabalha no Estado do Rio de Janeiro, ao governador Sr. Sérgio Cabral:




Sabe governador, somos contemporâneos, quase da mesma idade, mas vivemos em mundos bem diferentes. Sou classe média, bem média, médica, pediatra, deprimida e indignada com as canalhices que estão acontecendo. Não conheço bem a sua história pessoal e certamente o senhor não sabe nada da minha também. Fiz um vestibular bastante disputado e com grande empenho tive a oportunidade de freqüentar a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, hoje esquartejada pela omissão e politiquices do poder público estadual.
Fiz treinamento no Hospital Pedro Ernesto, hoje vivendo de esmolas emergenciais em troca de leitos da dengue. Parece-me que o senhor desconhece esta realidade. O seu terceiro grau não foi tão suado assim, em universidade sem muito prestígio, curso na época pouco disputado, turma de meninos Zona Sul ... Aprendi medicina em hospital de pobre, trabalhei muito sem remuneração em troca de aprendizado. Ao final do curso nova seleção, agora para residência. Mais trabalho com pouco dinheiro e pacientes pobres, o povo. Sempre fui doutrinada a fazer o máximo com o mínimo. Muitas noites sem dormir, e lhe garanto que não foram em salinhas refrigeradas costurando coligações e acordos para o povo que o senhor nem conhece o cheiro ou choro em momento de dor. No início da década de noventa fui aprovada num concurso para ser médica da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro'. A melhor decisão da minha vida, da qual hoje mais do que nunca não me arrependo, foi abandonar este cargo. Não se pode querer ser Dom Quixote, herói ou justiceiro. Dói assistir a morte por falta de recursos. Dói como mãe de quatro filhos, ver outros filhos de outras mães não serem salvos por falta de condições de trabalho. Fingir que trabalha, fingir que é médico, estar cara-a-cara com o paciente como representante de um sistema de saúde ridículo, ter a possibilidade de se contaminar e se acostumar com uma pseudo-medicina é doloroso, aviltante e uma enorme frustração. Aprendi em muitas daquelas noites insones tudo o que sei fazer e gosto muito do que eu faço. Sou médica porque gosto. Sou pediatra por opção e com convicção. Não me arrependo. Prometi a mim mesma fazer o melhor de mim. É um deboche numa cidade como o Rio de Janeiro, num estado como o nosso assistir políticos como o senhor discursarem com a cara mais lavada que este é o momento de deixar de lengalenga para salvar vidas. Que vidas, senhor governador? Nas UPAS? tudo de fachada para engabelar o povão!!!! Por amor ao povo o senhor trabalharia pelo que o senhor paga ao médico? Os médicos não criaram os mosquitos. Os hospitais não estão com problema somente agora. Não faltam especialistas. O que falta é quem queira se sujeitar a triste realidade do médico da SES para tentar resolver emergencialmente a omissão de anos.
A mídia planta terrorismo no coração das mães que desesperadas correm a qualquer sintoma inespecífico para as urgências. Não há pediatra neste momento que não esteja sobrecarregado. Mesmo na medicina privada há uma grande dificuldade em administrar uma demanda absurda de atendimentos em clínicas, consultórios ou telefones. Todos em pânico. E aí vem o senhor com a história do lengalenga. Acorde governador! Hoje o senhor é poder executivo. Esqueça um pouco das fotos com o presidente e com a mãe do PAC, esqueça a escolha do prefeito, esqueça a carinha de bom moço consternado na televisão.
Faça a mudança. Execute. "Lengalenga" é não mudar os hospitais e os salários. Quem sabe o senhor poderia trabalhar como voluntário também. Chame a sua família. Venha sentir o stress de uma mãe, não daquelas de pracinha com babá, que o senhor bem conhece, mas daquelas que nem podem faltar ao trabalho para cuidar de um filho doente. Venha preparado porque as pessoas estão armadas, com pouca tolerância, em pânico. Quem sabe entra no seu nariz o cheiro do pobre, do povo e o senhor tenta virar o jogo. A responsabilidade é sua, governador. Afinal, quem é, ou são, os vagabundos, Governador?

NOTA: Em atenção ao pedido da Dra. Isabel Lepsch, que pode ser lido nos comentários abaixo, retiro o seu nome da autoria da Carta, que, efetivamente, foi escrita por outra pessoa. Leiam as explicações e entenderão. Obrigado!



ATÉ A PRÓXIMA

12 de maio de 2009

O SENADO E SEUS INCRÍVEIS SENADORES


NÃO VOU VOTAR. SE VOTAR, VOTAREI NULO.

Só para meditação.
Para que serve o Senado Federal? Para que servem os senadores?
Para nada! Êpa! Para nada não! Olha lá! Veja como fala!
Esse senado que todos acham desmoralizado, que não serve para nada, a não ser para legislar em causa própria, vide seu Plano Vitalício de Saúde, por exemplo, serve para toda sorte de falcatrua. Só o senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL) já colocou no plano de saúde vitalí­cio familiar do senado, seus dois primos: o primeiro suplente, senador Euclydes Affonso de Mello Neto (PTB-AL) e a segunda suplente Ada Mercedes de Mello Marques Luz (PTB-AL), que assumem alternativamente nas ausências do primo ilustre. Euclydes já está garantido, Ada precisa de mais alguns meses de suplência, mas vai chegar lá, podem ter certeza. Além dos senadores e ex-senadores, a regalia de atendimento médico vitalí­cio também é estendida aos servidores que ocuparam o cargo de diretor-geral e secretário-geral da Mesa. Essa mordomia, criada em 2000, beneficia hoje Agaciel Maia, que deixou o cargo em março por não ter registrado em seu nome a casa onde mora, avaliada em R$ 5 milhões. Outro favorecido é Raimundo Carreiro, hoje ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). É assim que eles servem ao povo brasileiro. Agora, os senadores servem muito bem para aprovar, como aprovaram, por emenda constitucional, a ignominiosa Lei, segundo a qual, os funcionários públicos, já em gozo de aposentadoria, passam a contribuir com a taxa de 11% para a Previdência. Para quê? Que benefícios terão? Não vão nunca mais usufruir de uma segunda aposentadoria... Para encobrir qualquer rombo previdenciário basta anular algumas benesses desses párias da sociedade brasileira. Agora, respondam sinceramente. Para que servem esses trastes eleitos e muitos nem eleitos, como o famoso CABELEIRA, dono de colégios e faculdades? Vamos deixar de votar nesses patifes. Em 2010 vote nulo.

ATÉ A PRÓXIMA
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Quem sou eu

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Balneário Camboriú, Sul/Santa Catarina, Brazil
Sou professor adjunto aposentado da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Sou formado em Letras Clássicas pela UERJ. Pertenço à Academia Brasileira de Filologia (ABRAFIL), Cadeira Nº 28.