Os
senhores responsáveis Pela Fundação Cultural de Balneário Camboriú e pela
escolha do material literário a ser apresentado aos leitores desse município,
nessa próxima sexta-feira, dia 1º de março de 2013, na Biblioteca Pública
Municipal, Machado de Assis, deveriam ter mais cuidado na apreciação dessas
obras lançadas, sob a chancela dessa entidade pública.
Creio que os responsáveis pelo lançamento do livro
de Isaque de Borba Corrêa, São Tomé, a história do apóstolo de Jesus no
continente americano, a ser lançado nesta sexta-feira, não leram nem uma
linha ou página dessa obra (?) , pois a mesma, além de apresentar erros
gravíssimos (ortografia, regência, concordância e colocação - para pouco citar
- ) no emprego da Língua Portuguesa, desde a INTRODUÇÃO, não sustenta uma
narrativa coerente e, quando a faz, a mesma se apresenta muito mal redigida e
fundamentada. Se esta obra tinha o propósito de ser uma documentação histórica
(?), leva, isso sim, o leitor incauto a aceitar uma ficção de péssima
qualidade, como algo verdadeiro, pois o que é lenda se apresenta como verdade
histórica. Uma bisonha BIBLIOGRAFIA encerra o livro, sem citar os
principais autores sérios que trataram desse assunto, como Sérgio Buarque de
Holanda, em Visão do Paraíso: os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil, São Paulo, Civilização Brasileira, 1959. Foi a sua tese de Livre Docência, para exercer a Cátedra de História da disciplina Civilização Brasileira, na Universidade de São Paulo, hoje USP. Todo o livro de Isaque de Borba Corrêa peca por um estilo insosso e de péssimo gosto, além de apresentar uma linguagem desprovida de arroubos literários... Não se encontra nenhuma hipótese histórica, consubstanciada em métodos estruturalistas, nem compilações ou interpretações de textos, estabelecidos à luz da ecdótica, sobre o tema, o que poderia amenizar, de alguma forma, sua insipiente investigação (ou incipiente investigação, como queiram). Um desserviço à cultura e um acinte à inteligência do leitor. Jamais uma
Fundação Cultural poderia acolher a apresentação pública de uma obra que
envergonha a literatura de nosso Município.
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