Maria José Lima de Toledo Sanches
Figueiredo é desses nomes mágicos que poderiam ser desdobrados em vários outros
nomes artísticos, mas todos marcando a mesma personalidade vibrante, alegre e
inteligente dessa mulher polivalente no campo das artes. Professora de
História, formada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), atuou
no Colégio Pedro II, na Faculdade de Educação da UERJ e em seu Colégio de
Aplicação, Fernando Rodrigues da Silveira. Além da sala de aula que dominava com
sua marca registrada de alegre e dinâmica professora, querida por todos os
alunos, por seu preparo e por sua magnífica didática, é pintora, atriz e
escultora. Possui inúmeros livros publicados, desde 2002 e, agora, nos brinda
com este TEIAS DO TEMPO, um livro de memórias.
Conheci Maria José, lá atrás no
tempo, em Jacarepaguá, quando, ainda criança. Morávamos na mesma avenida, a Av.
Geremário Dantas. A casa dela ficava pertinho da chácara de meu avô materno,
onde, praticamente, me criei. Reencontramo-nos da Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras da UDF, hoje UERJ. A mesma profissão que abraçamos serviu
para que, a partir da faculdade, estivéssemos durante muitos anos sempre perto
um do outro, em Congressos, Simpósios, Cursos e em muitas reuniões sociais, em
nossas casas, pois criamos um laço tão estreito de amizade que nos tornamos
compadres. Seu marido, Cláudio José Figueiredo, e eu sempre fomos entusiasmados
profissionais e, posso dizer com orgulho, que, de certa forma, contribuímos
significativamente para o desenvolvimento do Ensino Médio no Estado do Rio
Janeiro, revolucionando a Didática Geral, disciplina que Cláudio domina com
excelência. Nossas vidas profissionais, portanto, se entrelaçaram no âmbito da Educação
e estamos, por isso mesmo, eu e minha esposa Glorinha, lembrados nesse texto
memorialista de Maria José.
Seu estilo simples, direto e
coloquial nos revela uma escritura sem ressentimentos do passado, sem pieguismos,
sempre revelando sua família, com intenso amor e singelas passagens poéticas. Esse
caminho que vem do passado ao presente traz ao leitor a possibilidade de recordar
dados de nossa história recente, muitas vezes esquecidos por muita gente! Maria
José aproveitou suas viagens – e foram muitas – para olhar, com sua visão de
historiadora, as surpreendentes e instigantes paisagens de países e regiões por que passou, num périplo turístico e
profissional, registrando dados da história factual desses sítios, bem como a
importância que tiveram em outras áreas, movimentando o comércio e demais
atividades aceleradoras do progresso e desenvolvimento. Mas Maria José foi mais
além. Foi mais longe. Andou por todas as dependências, por todos os cômodos das
casas e dos palácios que visitou e que a abrigou. Terminou na varanda. “Conversar na varanda foi meu objetivo. Verifiquei
o quanto as pessoas são gratas a essa atividade, principalmente lembrando fatos
de suas vidas. Realmente, a memória é a nossa identidade, a nossa alma”.
Assim inicia a parte final de seu livro TEIA DOS TEMPOS. Nas varandas, Maria
José entrevistou um pintor; uma bailarina; uma escritora e uma gueixa, esta,
talvez admirando o azul do mar da ilha de Honshu, a maior e a mais populosa
ilha do Império Japonês...
Belo livro de memórias. Parabéns,
Professora Maria José, comadre e amiga!
ATÉ A PRÓXIMA
2 comentários:
Estou respondendo em nome de minha mae Maria josé , ela quer. Agradecer carinhosamente. Emocionou-se com a infância de jacarepagua ,e com a viajem a portugal com vc e Glorinha, beijos.saudosos , embreve vc.estará recebendo uma carta, bjbjbj
7937 Prof. Feijo primeiramente quero parabeniza-lo pelo Blog que acompanho ha algum tempo. A Prof. Maria Jose foi a mais importante e vibrante professora de Historia do querido Colegio de Aplicaçao. Como aluna devo tudo ao Colegio cujo hino nunca esqueci: "Honrando a cultura brasileira real verdadeira salve o patrono Fernando Rodrigues da Silveira". Fiz o Mestrado e o doutorado de Historia graças ao antigocurso ginasial e curso classico. Tempos inesqueciveis... Clara Emilia Monteiro de barros Malhano.
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