O Maracanã não é mais o mesmo.
Desfiguração total. Do alto, nem tanto, mas por baixo, é sério. Acabaram com a
Geral das grandes figuras emblemáticas do folclore esportivo brasileiro e com aquela
beleza de cobertura, sensacionalmente arrojada e única no mundo. Não mais
comportará os quase duzentos mil expectadores de um BRASIL X PARAGUAI, do distante ano de 1969, por exemplo,
quando no dia 31 de agosto, 183.341 torcedores pagaram ingresso, para
assistirem ao jogo das Eliminatórias da Copa de 70, no México. Um recorde que
jamais será superado agora no novo estádio. O verdadeiro MARACA, primeiro e
único, desapareceu. Não existe mais! Sugerimos que nunca mais seja ao Estádio do Maracanã
aplicado o termo ocorrido por redução lingüística, que tanto o caracterizou:
MARACA. O belo estádio Mário Filho, ou Maracanã, nunca mais será o mesmo MARACA.
Transformaram-no em mais um estádio de futebol qualquer, como os vários que
existem na Europa, por exemplo. Aquela arquitetura arrojada de um mestre, como
Haroldo Lisboa da Cunha desapareceu para sempre. O Prof.
Dr. Haroldo Lisboa da Cunha, da UERJ, foi o responsável pelos cálculos
matemáticos da arrojada arquitetura do Maracanã, principalmente pelo vão das
arquibancadas cobertas. Um dos pavilhões da UERJ recebeu merecidamente, o seu
nome. Demolir parcialmente o Maracanã foi um crime (aliás, vários,
inclusive de superfaturamento) de lesa-arquitetura. Quem não sabe disso, aplaude,
por pura ignorância ou comprometimento na farra dos dinheiros públicos que
rolou. "CAIXA CHEIA”! Gritarão os políticos do Rio de Janeiro e de
Brasília, mas nunca mais o José Carlos Araújo, o Garotinho, da Rádio Globo,
bradará magnificamente aquele clichê notável de CASA CHEIA, alardeando pelas
ondas hertzianas que o Maracanã está completamente lotado! Isso ele fazia ao
abrir os trabalhos de todas as transmissões esportivas prestigiadas pela galera
e pelo povão... Será que teremos que assistir aos jogos de terno e gravata? Uma
pena, ou melhor: uma ROUBADA...
ATÉ A PRÓXIMA
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