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25 de maio de 2013

MANUEL BANDEIRA


Manuel Bandeira, para mim, é o mais clássico dos poetas modernistas. Há, mais ou menos, dois anos antes de morrer,  publicou no Suplemento Literário do Jornal carioca, O Diário de Notícias, um sonetilho, intitulado O CRUCIFIXO. 
Estando em seu apartamento, na Av. Beira Mar, ali, perto do aeroporto Santos Dumond, enfermo, com a perna quebrada, me recebeu e a um amigo comum, para uma visita. Na oportunidade, declamei para ele um soneto que fiz em sua homenagem, relacionado à sua publicação no Diário de Notícias. Dei-lhe o título de:   A MANUEL BANDEIRA.   Isso no ano da graça do Senhor de 1966. Reproduzo o soneto aqui para os meus leitores.


A MANUEL BANDEIRA



Tu que fazes verso como quem morre
- Tua boca murmurou prece sentida -
Vai, no prazer de quem a ti recorre,
Vivendo sempre a tua longa lida.

Se a tua lira genial, que o mundo corre,
A ti não perdoou, pois redimida
está a humanidade, que a ouviu e jorre
De dentro de teu ser uma outra vida.

Tua mãe e Maria Cândida que rezem
Para que fiques mais à Terra fixo
E faças versos que solucem amor,

Que seja sempre a tua vida a flor
Que salva o mundo - e onde muitos gemem -
Salvo tu já estás com o CRUCIFIXO.


Rio de Janeiro, 1966.


ATÉ A PRÓXIMA

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Quem sou eu

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Balneário Camboriú, Sul/Santa Catarina, Brazil
Sou professor adjunto aposentado da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Sou formado em Letras Clássicas pela UERJ. Pertenço à Academia Brasileira de Filologia (ABRAFIL), Cadeira Nº 28.