O livro de Neuza Feijó
Machado, “SABER NÃO SEI, MAS POSSO AJUDAR”, leitura destinada a crianças
alfabetizadas das primeiras séries do Ensino Fundamental, publicado pela
Editora Muiraquitã, Niterói, RJ, neste mês, será lançado em Portugal, no início
da segunda metade do mês de novembro. A história trata da procura das raízes históricas
da família de uma menina que ficou muito interessada em saber de onde vieram
seus avós e bisavós paternos. Sua busca inicia dentro da própria família e vai
crescendo, em círculos concêntricos de indagações e respostas, quase todas elas
não muito positivas. A busca atinge pessoas do grupo de equivalentes, umas
próximas outras mais distantes. A narrativa envolvente utiliza uma linguagem
que beira o poético, predominando o discurso direto, chamando a atenção para o
lúdico e para o encantamento. A leitura dramatizada em sala de aula, certamente
envolverá o público-alvo infantil numa atmosfera de muita ansiedade pela
descoberta. O desenrolar da história prenderá o leitor e seus ouvintes, no caso
de narrativa dramatizada, não só pelo tema desenvolvido, através de sonoras
aliterações rítmicas e muitas rimas toantes e sonantes, intercaladas nas
frases, mas também pelas ilustrações, que são códigos não verbais,
complementares e participantes do enredo. Tudo isso envolve a leitura no mágico
e colorido mundo do faz-de-conta, dando asas à imaginação infantil. O bordão
que dá título à obra e é sempre repetido por alguém indagado sobre as origens
da família, prepara pedagogicamente o leitor, de forma explícita ou latente,
para um fundamental exercício extraclasse, que é o da pesquisa, atividade
docente que deve ser constantemente incentivada e realizada em sala de aula.
Trata-se de uma obra didática e pedagogicamente correta, que nos envolve e
provoca a reflexão sobre nossas origens, proporcionando inúmeros desdobramentos
de nobres propósitos e de diversificados estudos programáticos futuros. O que
mais chama a atenção no livro é, realmente, o tema dado para motivação dessa
faixa etária dos primeiros anos de escolarização da criança. O tema das origens.
A genealogia. A pesquisa sobre nossos antepassados mais próximos, que ainda
fazem parte de nossa família, ainda lembrados. A família, nesse livro de Neuza
Feijó, está presente como símbolo de demanda de felicidade. De algo
importantíssimo que não pode ser deteriorado. De símbolo de união, de polo
guardião dos mais significativos valores éticos e morais. Por outro lado,
procuramos em variados catálogos de editoras nacionais que publicam livros
infantis, obras relacionadas às raízes familiares e à genealogia. Nada foi
encontrado. Atendendo a uma pedagogia
inicial, com temas próximos à diversão, ao prazer lúdico e campo semântico afim,
há uma quantidade enorme de obras que desenvolvem a magicidade articulada à
participação de personagens do mundo animal, como sereias, peixes, coelhos, besouros
e filhotes de aves e mamíferos. Na linha de uma pedagogia direcionada mais a
crianças com um hábito de leitura já sedimentado ou em fase de sedimentação, pelo
prazer de ler, encontramos temas desenvolvidos nesses livros, como as lendas
universais e as fábulas tradicionais, adaptadas a essa faixa etária e muitas
histórias, que recorrem, também, a contos clássicos, como o da Branca de Neve,
Chapeuzinho Vermelho, A bela adormecida, João e o pé de feijão. Mas não encontramos nenhum
texto com o tema desenvolvido por Neuza Feijó em “SABER NÃO SEI, MAS POSSO AJUDAR”, que a
Editora Muiraquitã, em boa hora, lança no importante mercado do livro
infantil. Vale a pena conferir.
ATÉ A PRÓXIMA
2 comentários:
Excelente análise da história que promete despertar o leitor para um tema tão esquecido nos dias de hoje: a generosidade entre as pessoas. Neuza Feijó Machado
Muito bacana gostei estamos precisando de mais bondade mas q as pessoas saibam receber.pq as vezes as pessoas tem tido esperiencias frustrantes. Eu sou Giselli Feijó Machado
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