O discurso
oral também é a instância do poético. Estão a provar tal afirmação as cantigas
de gesta. Entenda-se como poético a transgressão do código em que o conteúdo se
materializa, transformando a realidade e criando novas formas expressivas. A
oralidade perpetuou cantigas breves e poemas longos. Desde Homero, até as
cantigas de roda e de ninar da Idade Média, que se estenderam aos dias de hoje,
a oralidade foi responsável pela perpetuação de segmentos clássicos de nossa
historiografia e de nosso cancioneiro. Isso não causa discussão e tampouco divergências,
pois aceita-se e se reconhece a sua força (a força da oralidade) no campo da
cultura, principalmente se o código linguístico que a sustenta não tiver
registro escrito, isto é, se as histórias, os poemas, os diversos tipos de
canções se expressarem numa língua ágrafa.
Assim, o discurso
oral de Fernando Maia expressa o poético. É o seu cotidiano. É a sua
inspiração, respiração e expiração. Seu modo de suportar a vida. Fernando
decodifica a interiorização de seus sentimentos, sem a ordenação dos
descompassos líricos musicais da verve poética que a constitui, mas com o acelerado
e acertado ritmo de todos os seus sentimentos. Fernando é juiz do trabalho aposentado, músico e poeta. Falo somente de Fernando Maia, o músico. Como tal, harmoniza a sofrida existência ao compasso do ritmo do sonho, desconstruindo
a realidade, envolvida por seu discurso lírico, comprometido na fala do Outro,
muitas vezes envolvido por atos falhos, partícipes também de sua inesgotável
criatividade.
Fernando Maia
é também poeta culto e menestrel. Sua obra, nessa área, consubstancia-se em forma de poemas e cantigas, variando desde os motes infantis até aos temas da arguta filosofia
popular, sempre musicando seus textos com uma criatividade ímpar, sem igual. Compositor, letrista e arranjador musical, materializou sua verve musical no CD
“PARA A LUA ESCUTAR”, cuja produção, composição e muitos de seus arranjos deram formas harmoniosas a poemas de amigos diletos.
Ficam,
portanto, aqui, neste meu espaço destinado à cultura lírica, algumas palavras
sobre esse meu amigo de fina e rara criatividade. Estivemos juntos, há pouco
tempo, por alguns dias, é verdade, num encantador recanto da Serra Gaúcha, a
cidade de Gramado, e muito conversamos envolvidos pela exuberante natureza daqueles campos férteis de
amenos ares, que muito apreciamos, onde germinam desde as mais tenras gramíneas até as colossais e centenárias
araucárias, resistentes às intempéries humanas e climáticas de todos os tipos, desde todos os tempos... Conversamos muito e senti, como sempre, a força de seu falar poético, tão rígido e consistente
como os liquidâmbares e cedros das altitudes rio-grandenses. O discurso de Fernando
Maia, lá, ressoava, como menestrel citadino, cantando por aquelas plagas
serranas sua triste alegria, um bálsamo que reconfortava a nós todos e
impregnava os campos que o cercavam, com a cor e o som de sua poesia, mesmo nas
mais comezinhas e improváveis situações.
ATÉ A PRÓXIMA
O discurso
oral também é a instância do poético. Estão a provar tal afirmação as cantigas
de gesta. Entenda-se como poético a transgressão do código em que o conteúdo se
materializa, transformando a realidade e criando novas formas expressivas. A
oralidade perpetuou cantigas breves e poemas longos. Desde Homero, até as
cantigas de roda e de ninar da Idade Média, que se estenderam aos dias de hoje,
a oralidade foi responsável pela perpetuação de segmentos clássicos de nossa
historiografia e de nosso cancioneiro. Isso não causa discussão e tampouco divergências,
pois aceita-se e se reconhece a sua força (a força da oralidade) no campo da
cultura, principalmente se o código linguístico que a sustenta não tiver
registro escrito, isto é, se as histórias, os poemas, os diversos tipos de
canções se expressarem numa língua ágrafa.
Assim, o discurso
oral de Fernando Maia expressa o poético. É o seu cotidiano. É a sua
inspiração, respiração e expiração. Seu modo de suportar a vida. Fernando
decodifica a interiorização de seus sentimentos, sem a ordenação dos
descompassos líricos musicais da verve poética que a constitui, mas com o acelerado
e acertado ritmo de todos os seus sentimentos. Fernando é músico e poeta. Como
músico, harmoniza a sofrida existência ao compasso do ritmo do sonho, descontruindo
a realidade, envolvida por seu discurso poético, comprometido na fala do Outro,
muitas vezes envolvido por atos falhos, partícipes também de sua inesgotável
criatividade.
Fernando Maia
é poeta culto e menestrel. Sua obra lírica consubstancia-se em poemas em forma
de cantigas, variando desde os motes infantis até aos temas da arguta filosofia
popular, sempre musicando seus textos com uma criatividade ímpar, sem igual. É
compositor, letrista e arranjador musical. Materializou sua verve poética no CD
“PRA LUA ESCUTAR”, cuja produção com
músicas e arranjos seus, deu formas harmoniosas a poemas de amigos diletos.
Ficam,
portanto, aqui, neste meu espaço destinado à cultura lírica, algumas palavras
sobre esse meu amigo de fina e rara criatividade. Estivemos juntos, há pouco
tempo, por alguns dias, é verdade, num encantador recanto da Serra Gaúcha, a
cidade de Gramado, e muito conversamos envolvidos por aqueles campos férteis de
amenos ares, onde germinam desde as mais tenras gramíneas até as colossais e centenárias
araucárias, resistentes às intempéries humanas e climáticas de todos os tempos...
Conversamos e senti, como sempre, a força de seu falar poético, tão rígido e consistente
como os liquidambares e cedros das altitudes riograndenses. O discurso de Fernando
Maia, lá, ressoava, como menestrel citadino, cantando por aquelas plagas
serranas sua triste alegria, um bálsamo que reconfortava a nós todos e
impregnava os campos que o cercavam, com a cor e o som de sua poesia, mesmo nas
mais improváveis situações comezinhas.
ATÉ A PRÓXIMA
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