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12 de fevereiro de 2012

A SEMANA DE ARTE MODERNA COMPLETA 90 ANOS





No dia 13 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal da cidade de São Paulo, iniciou-se a Semana de Arte Moderna. O que foi a Semana de Arte Moderna? Durante 3 noites (13,14 e 15 de fevereiro de 1922), com recitais, conferências, declamações, grupos de artistas e intelectuais mostram as novas concepções e tendências estéticas da arte, para um público muito mais acostumado aos modelos e às estéticas européias do que participante e inserido nos costumes, nas origens e na realidade brasileira de nossas manifestações artísticas. O objetivo era a destruição das velhas formas artísticas na literatura, na música e nas artes plásticas e visuais. Os nomes mais significativos, presentes à Semana de Arte Moderna foram: Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Anita Malfatti (pintora), Di Cavalcanti (pintor), Heitor Villa-Lobos (músico), Victor Brecheret (escultor). Manoel Bandeira não participou porque estava doente, mas pediu que Ronald de Carvalho lesse sua poesia Os Sapos, o que foi a grande sensação do espetáculo. Esse movimento, a Semana de Arte Moderna, praticamente, redefiniu a concepção atual de "cultura brasileira", sendo mesmo o principal marco de uma nova formatação estética, envolvendo todas as artes. O público urrava e aplaudia. As artes, em geral, passaram por uma conturbada contestação discursiva; novas visões sobre os seus ideais estéticos foram mostradas e dividiram a cidade de São Paulo entre futuristas (os renovadores) e os passadistas (os conservadores). Mário de Andrade, um dos principais teóricos do movimento modernista, sintetiza, então, os objetivos dessa nova articulação cultural, apresentados na Semana de Arte Moderna, como uma forma de legar às gerações futuras os frutos que haveriam de alcançar. A partir desses três dias de fevereiro colher-se-iam os frutos para a estabilização de uma nova consciência criadora nacional. Essa consciência estava preocupada, isso sim, em expressar a realidade brasileira como também em insistir para que nos atualizássemos intelectualmente com as vanguardas européias, tendo o direito permanente à pesquisa e à criação estética. Depois o movimento atingiu todo o país. E foi por tudo isso, e muito mais, que, hoje, depois de passados 90 anos dessa festa de revisões teóricas em prol de um novo entendimento de concepção de arte é que, por exemplo, a nossa Academia de Letras de Balneário Camboriú, junto com todas as Academias congêneres, de todas as regiões do Brasil, umas em cidades adiantadas, outras em cidades mais modestas, podem se expressar livremente em prosa e verso, através de seus membros, sem se preocupar com a famigerada crítica impressionista a nos importunar a todos, minimizando nossas criações e vilipendiando nossas produções.





ATÉ BREVE

Um comentário:

ely dolores disse...

Significativa informação.O processo criativo não exige formatação estética, ele simplesmente flui, na expressão singular da arte, de cada artista.Viver a liberdade de sua arte é um passo para salpicar e nutrir a essência de cada produção.Vamos dar asas a imaginação e criar.

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Quem sou eu

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Balneário Camboriú, Sul/Santa Catarina, Brazil
Sou professor adjunto aposentado da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Sou formado em Letras Clássicas pela UERJ. Pertenço à Academia Brasileira de Filologia (ABRAFIL), Cadeira Nº 28.