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27 de junho de 2006

SHOW É SHOW E VICE-VERSA



Afastada a zebra africana, o Brasil segue em frente, rumo ao hexa. O Ronaldo esteve bem melhor do que nos jogos anteriores e foi decisivo, lá na frente. Kaká, no primeiro tempo esteve quase perfeito. No segundo, caiu um pouco e foi bem substituído. Adriano aproveitou o lance e, mesmo impedido, garantiu tranqüilidade ao time, no final do primeiro tempo. Todos jogaram bem. Mas, por que temos que passar tanto sufoco? Por que temos que ficar torcendo para o jogo acabar? E isso aconteceu, sim, senhor. Ouvi de um locutor super-ufanista, da Globo. Por que não fazemos o que os outros fazem conosco, isto é, atacar com garra e tudo? Dizer que os adversários é que têm essa obrigação é uma argumentação simplista. Parece que a máxima do Parreira vai ficar para a posteridade: "Show é ganhar". Que é isso, senhor Carlos Alberto Parreira! Simplesmente ganhar não é show coisa nenhuma. Então foi show o que a Itália apresentou contra a Austrália? Foi show o que a Ucrânia apresentou contra a Suíça? Show é espetáculo maravilhoso e espetáculo maravilhoso é show, como diria Jardel. Ora bolas! Sai pra lá, Parreira! Manda o time dar alegria total e não aflição aos milhões de cardíacos pontuais brasileiros...

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Balneário Camboriú, Sul/Santa Catarina, Brazil
Sou professor adjunto aposentado da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Sou formado em Letras Clássicas pela UERJ. Pertenço à Academia Brasileira de Filologia (ABRAFIL), Cadeira Nº 28.